A perfuração horizontal direcionada Lisboa e noutras regiões do sudoeste da Península Ibérica tem uma infinidade de aplicações urbanas. Esta técnica inovadora, abreviada como HDD, iniciou o seu percurso nos campos petrolíferos do Texas, onde ganhou fama pela sua elevada precisão, velocidade e produtividade. No entanto, Espanha e Portugal não são conhecidos pelas suas jazidas petrolíferas, pelo que este método de perfuração é utilizado principalmente em projetos urbanos e de construção.
Depois da perfuração rotativa, o método mais utilizado em ambientes urbanos é a perfuração horizontal direcional. Esta é uma tecnologia sem vala que permite a instalação de tubos e condutas sob edifícios, ruas residenciais, caminhos-de-ferro e estradas sem perturbar as camadas superficiais do solo. Oferece um elevado controlo sobre a atividade de perfuração e o seu impacto ambiental é mínimo em comparação com outras soluções.
As suas utilizações em áreas urbanizadas incluem a instalação de diversos serviços e utilidades: água potável, gás natural, fibra ótica, redes elétricas, etc. Como a instalação dos cabos é subterrânea e a perfuração piloto não causa danos nas infraestruturas de superfície, o tráfego nunca é bloqueado.
Além disso, as obras necessárias não causam ruído ou perturbação significativa à população. Também não produzem detritos ou poluentes que afetem a qualidade do ar. Graças a estes benefícios, esta técnica é uma escolha comum na modernização de infraestruturas de telecomunicações, por exemplo.
Outra aplicação é a construção de túneis, pontes e metros de diversos tipos. O método HDD é indicado quando existem áreas naturais, monumentos ou edifícios residenciais que necessitam de ser preservados. Em contrapartida, outras técnicas de perfuração exigiriam alterações estruturais ou a remoção de infra-estruturas que impedem a viabilidade do projecto, um sacrifício impensável em determinadas áreas.